segunda-feira, 29 de junho de 2009

Afinal, o que são fibras?

Definição de Fibra Alimentar

As fibras alimentares são nutrientes presentes nos alimentos de origem vegetal, tais como hortaliças (verduras e legumes), frutas, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico) e cereais (arroz, milho, cevada, trigo). Têm função específica no organismo.

Ação das Fibras Alimentares

As Fibras Alimentares podem ser solúveis (pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses), predominando em frutas, hortaliças e leguminosas; e insolúveis (celulose, lignina e algumas hemiceluloses), que são encontradas em hortaliças, verduras, leguminosas e cereais. Estas características são devido à composição das suas células vegetais, e apresentam respostas orgânicas de acordo com sua composição.

Apresentam ação diversa de acordo com suas propriedades físico-químicas:

a) facilidade para serem degradadas por fermentação bacteriana no intestino grosso (o que leva à formação de gases intestinais);

b) capacidade de absorverem água, o que leva o aumento da viscosidade intestinal e interferem na digestão e absorção de nutrientes;

c) absorção de moléculas orgânicas como colesterol e ácidos biliares, aumentando a excreção fecal;

d) se ligam à minerais, e impedem absorção de alguns micro nutrientes.

Efeitos das Fibras Alimentares

As fibras alteram a função do trato gastrointestinal tanto física como quimicamente, através das suas frações insolúvel e solúvel. Enquanto as fibras insolúveis, atuando principalmente no intestino grosso, aceleram o trânsito intestinal e aumentam o volume fecal, as solúveis atrasam o esvaziamento gástrico e diminuem a ação enzimática digestiva refletindo, em ambos os casos, numa redução da absorção intestinal. Além disso, as fibras solúveis e insolúveis interferem com funções endócrinas alterando a secreção de hormônios como glucagon e insulina.

O tamanho da partícula da fibra também contribui para a diversidade dos efeitos fisiológicos causados por esse componente alimentar, uma vez que fibras insolúveis grosseiramente moídas são mais eficazes em estimular a defecação do que as constituídas por partículas finas. Assim, os países desenvolvidos, devido à evolução tecnológica, proporcionam alimentos altamente refinados para o consumo, observando-se nas populações, tempo de trânsito intestinal mais lento e um menor volume fecal, o que pode resultar em constipação intestinal, sendo recomendável, nesse caso, a ingestão de dietas ricas em fibras insolúveis constituídas por partículas.

Importância das Fibras Alimentares na saúde

a) no tratamento do diabetes, contribuem para reduzir a hiperglicemia (aumento da taxa de açúcar no sangue) e, consequentemente, diminuem a freqüência de doses de insulina permitindo, então, uma alimentação menos restrita;

b) na prisão de ventre, aceleram o trânsito intestinal e aumentam o volume fecal;

c) diminuem a incidência de câncer de intestino (cólon) porque acelerando o trânsito intestinal, podem reduzir a ação bacteriana sobre os resíduos intestinais evitando, portanto, a formação e o contato de agentes cancerígenos com a mucosa intestinal;

d) aumentam o fluxo de saliva por necessitarem de mastigação mais prolongada diminuindo a velocidade de ingestão dos alimentos, o que leva à redução da ingestão do valor calórico;

e) proporcionam uma mastigação prolongada e distensão gástrica e isso têm efeito sobre o cérebro (região do hipotálamo) contribuindo para a sensação de saciedade (satisfação do apetite),

f) protegem a mucosa do estômago, porque diminuem a acidez gástrica.

Para indivíduos sadios a ingestão de fibra deve estar entre 20 a 30 gramas por dia. Deve-se ter em mente que as principais refeições (desjejum, almoço e jantar) devem incluir um alimento fonte de fibra alimentar (frutas, hortaliças, leguminosas e cereais). Além disso, é preciso que tenhamos em mente que precisamos das porções mínimas destes alimentos:

Hortaliças cruas – 1 prato de sobremesa

Hortaliças cozidas – 1 pires de chá

Frutas – 2 ao dia, uma delas deverá ser fonte de vitamina C (laranja, mexirica, abacaxi, manga, goiaba, caju, mamão, morango)

Uma vez ao dia devemos comer uma hortaliça verde escura porque é fonte de vitamina A e Ferro (acelga, chicória, rucula, escarola, almeirão, agrião, couve, espinafre)

Sugestão de cardápio rico em Fibra Alimentar:

Desjejum (leite com aveia, pão, manteiga, mamão)

Almoço (salada de alface, abobrinha refogada, carne, arroz, feijão, laranja com bagaço)

Lanche (leite, pêra)

Jantar (salada de rucula, cenoura refogada, carne, arroz, feijão, mexirica com bagaço)

Ceia (ameixa)

Nutrição e Menopausa

A menopausa é o momento em que os ovários deixam de produzir os hormônios estrógeno e progesterona. Não é uma doença, mas sim um estágio da vida da mulher. A principal característica desta fase é a ausência de menstruações, porém, a menopausa pode começar a se manifestar por irregularidades menstruais, menstruações escassas, menstruações mais ou menos freqüentes. Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os 45 e os 55 anos, no entanto pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isto seja um problema.

Alguns sintomas da menopausa são: ondas de calor, suor noturno, insônia, menor desejo sexual, irritabilidade, depressão, entre outros. Neste período a incidência de osteoporose e risco de doenças cardiovasculares aumenta, devido à baixa de estrogênio no sangue.
Veremos abaixo como a alimentação pode auxiliar em alguns destes sintomas.

OSTEOPOROSE:

A osteoporose é uma doença que se caracteriza por baixa densidade óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um aumento da fragilidade óssea, portanto, a maior risco de fraturas após traumas mínimos.

O tratamento consiste de medidas gerais e medicamentosas:

- Diminuição do consumo de álcool e café.

- Diminuição do fumo.

- Atividade física, principalmente quando realizadas contra força da gravidade (caminhadas e corridas leves).

- Exposição ao sol por pelo menos quinze minutos por dia, para aumentar a quantidade de vitamina D.

- Dieta rica em cálcio, que está presente no leite (alimento mais rico neste nutriente) e derivados, hortaliças verde escuras (couve, folhas de nabo, folhas de mostarda e brócolis), sardinhas, mexilhões, mariscos, ostras e salmão enlatado.

- Tratamento medicamentoso: consultar um médico.

Para ajudar nesta prevenção vou sugerir uma receita fácil e gostosa rica em cálcio: Brigadeirão com leite de coco. Só não pode exagerar para não engordar!!!

Brigadeirão com Leite de Côco

Ingredientes:

• 1 vidro(s) de leite de côco

• 2 lata(s) de leite condensado

• 4 unidade(s) de ovo

• 8 colher(es) (sopa) de chocolate em pó

• 1 colher(es) (sopa) de margarina

• 1 colher(es) (sopa) de amido de milho

Modo de Preparo:

Bata tudo no liquidificador, depois coloque a mistura em uma panela dupla (forma de pudim com tampa e a panela para por a água). A forma do pudim deve ser untada com margarina e açúcar, e a mistura é assada em banho-maria no fogão, por aproximadamente 45 minutos. Quando estiver morno, desinforme o pudim e granule.

Rendimento: 16 porções

INSÔNIA:

A insônia é caracterizada pela incapacidade de conciliar o sono e pode manifestar-se em seu período inicial, intermediário ou final. Especialistas confirmam que a dieta influencia no processo do sono, tanto sentir fome, quanto comer em demasia pode atrapalhar o sono e causar desconforto e insônia.

Existem algumas dicas que ao serem seguidas podem auxiliar em uma noite de sono mais tranqüila:

- evitar bebidas estimulantes (café, chocolate, chá preto, chá mate, guaraná, bebidas a base de cola) até 2 horas antes de dormir;

- tomar um copo de leite morno antes de dormir (o leite contém triptofano, um aminoácido essencial, que aumenta a produção da serotonina – auxiliando no sono);

- evitar o consumo de alimentos muito temperados e condimentados antes de dormir. Estes alimentos aumentam a temperatura do organismo, podendo dificultar o sono;

- evitar o consumo de alimentos muito gordurosos antes de dormir (que podem causar dificuldade na digestão e sono agitado);

- evitar o consumo de bebidas alcoólicas (que podem ter o efeito estimulante);

- consumir chá de ervas (camomila, erva doce) antes de dormir;
- tomar um copo de suco de maracujá com um pouco de açúcar antes de dormir;

- não dormir em jejum.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

As Doenças Cardiovasculares são as doenças que alteram o funcionamento do sistema circulatório. Este sistema é formado pelo coração, vasos sangüíneos (veias artérias e capilares) e vasos linfáticos. Entenda-se que na menopausa ocorre a ausência de estrogênios que são hormônios protetores contra estas doenças, que incluem a pressão alta e dislipidemias (colesterol e trgiclicérides aumentados).

Existem algumas orientações a serem seguidas para prevenir estas doenças:

- evitar consumo excessivo de sal;

- evitar frituras e alimentos gordurosos;

- evitar consumo de embutidos (presunto, mortadela, salame);

- consumir de 3-4 porções de frutas ao dia;

- consumir de 3-4 porções de legumes e verduras ao dia;

- dar preferências às carnes magras;

- optar pelo leite desnatado no lugar do integral;

- evitar o fumo;

- praticar atividade física (30 min, 5 vezes por semana).

Para incentivar esta alimentação saudável, segue abaixo uma receita light e gostosa!

Lasanha Verde Light

Ingredientes:

• 1 pacote de massa de lasanha verde

• 500 g de ricota

• 1 cebola grande ralada

• 500g de carne magra moída

• azeite

• sal a gosto

• 3 tomates grandes

Modo de Preparo:

Colocar meio litro de água para ferver em uma panela grande. Adicionar os tomates por cinco minutos, retirar e bater no liquidificador, até formar uma pasta cremosa, separe. Em uma panela colocar o azeite, a cebola, a carne moída, o sal a gosto e quando estiver bem refogado, colocar o tomate batido.

Em um refratário, colocar uma camada de molho, uma camada de massa, uma camada de ricota, e assim sucessivamente, até encher o recipiente.
Levar ao forno por 30 minutos.

Rendimento: 6 porções.

Ecocardiograma


O que é ecocardiograma?

O Ecocardiograma é um exame que usa o ultra-som (energia sonora em uma intensidade muita elevada que o ouvido humano não percebe) transformando-o em imagem.
Dessa maneira, consegue-se observar o coração e os seus vasos em movimento real.

Para que serve?

Ele tem como utilidade a avaliação da integridade anatomia do Coração das suas estruturas (Válvulas,vasos,membranas e etc...) e da capacidade do coração em se contrair corretamente ou não.
Dessa maneira, rápida e seguramente, consegue-se saber se os sintomas do paciente, acontecem por causa do coração ou não.

Para quem é indicado?

Na verdade, para todo mundo:Nos indivíduos com queixas para avaliar a causa da sua doença, e nos sem sintomas, como avaliação preventiva.Na minha opinião, a principal indicação é para os pacientes com queixas de falta de ar onde a descoberta da causa dos sintomas é muitas vezes difícil para o médico.

Quais doenças ele pode diagnosticar?

Ele pode diagnosticar doença na circulação do Coração (Doença coronariana), no músculo do coração, nas válvulas do coração, na membrana que recobre o coração e doenças congênitas.

Há riscos?

Não existe risco neste exame, é um método não invasivo, liberado para qualquer paciente.

Doenças Congênitas e o Álcool


O que são doenças congênitas?


Entende-se por congênito todo fenômeno, patológico ou não, que acomete um feto antes do parto, portanto está presente ao nascimento.

Quais são as causas?

Se considerarmos apenas as situações patológicas, elas seriam todas aquelas que afetariam os recém-nascidos. Elas podem ser de etiologia genética ou ambiental.

As de etiologia genética podem ser herdadas de uma forma mendeliana, ou seja, mutações em genes, isto é, afetam o ADN. Seus padrões de herança têm várias características: dominantes, recessivos ou ligados ao cromossomo X, ou podem ocorrer por mutações novas, pela primeira vez em uma família. Há nestes casos vários fatores de risco para a ocorrência de novos filhos afetados. Ainda podemos ter as que afetam os cromossomos, aqueles novelos de ADN presentes nos núcleos de nossas células – seriam os grandes pacotes de genes. Todos conhecemos exemplos: síndrome de Down, Síndrome do miado-do-gato, etc.

As de etiologia ambiental são promovidas por agentes físicos (radiação ionizante, ultra-som, outras fontes de energia ainda desconhecidas); agentes biológicos (protozoários na toxoplasmose, vírus na rubéola e citomegalovirose); e agentes químicos (medicamentos prescritos ou usados na automedicação; drogas de aceitação social – álcool; e ilícitas – crack, cocaína, etc.).

Algumas doenças maternas, como diabete melito, doenças cardiovasculares e outras, indiretamente podem afetar o desenvolvimento fetal, se não bem tratadas. Todas essas situações podem contribuir de uma maneira ou de outra para o aparecimento de alterações congênitas em um recém-nascido.

O que as doenças congênitas podem provocar?


O fato de nos referirmos como congênito já determina uma potencialidade patogênica! Toda possibilidade prognóstica é possível. Não há doenças congênitas como entidades mórbidas per se; o conceito, como antes referido, refere-se ao momento imediatamente após o nascimento.

Trata-se de um conceito dinâmico, pois o advento da ecografia pré-natal permitiu retrocedermos em relação ao diagnóstico, principalmente de defeitos estruturais dos fetos (malformações). Infelizmente muitas doenças genéticas não afetam o desenvolvimento fetal e somente se manifestarão após o nascimento.

Como o álcool pode gerar alterações congênitas?

Como agente químico sua ação depende: do momento, da quantidade e da resposta do conjunto mãe–feto durante a gestação. A intensidade do uso predisporia ao aparecimento de danos ao feto, que podem variar de pequenas dismorfias a danos cerebrais e de outros sistemas, de forma bastante grave. Uma característica infeliz desta substância é a de, na maioria das vezes, seu efeito ser notado apenas no período pré-escolar, através do retardo mental com variação entre o leve e o grave.

O que é a Síndrome Fetal do Álcool?


Trata-se de um grupo de indivíduos, desde crianças até adultos, portadores de características clínicas específicas envolvendo a face, o desempenho cognitivo e neuromuscular, e defeitos em órgãos (cérebro, coração, genitais, etc.).

Como prevenir os defeitos congênitos?


A genética médica tem um enorme potencial não só para prevenir essas doenças, como para trazer melhores condições de saúde para todos. Ela pode proporcionar uma melhor prevenção, diagnóstico e aconselhamento para diversas doenças, tendo avançado a ponto de oferecer testes preditivos para inúmeras situações, que muitas vezes podem ser realizados no período pré-natal.

Estratégias para melhorar a saúde da mulher, mães, recém-nascidos e crianças são essenciais para a efetiva prevenção e cuidado daquelas portadoras de defeitos congênitos (DC). O investimento na prevenção e no tratamento das crianças portadoras de anomalias ao nascimento reduz a mortalidade infantil e as desabilidades posteriores. O fortalecimento do registro epidemiológico existente, campo 34 da DNV, através da educação continuada dos agentes de saúde, o aproveitamento dos Serviços de Genética Médica como centros de referência e excelência torna-se componente integral de qualquer programa de saúde da mulher e da criança em países emergentes.

Baseados no estado atual dos conhecimentos e nas projeções para o futuro, os países desenvolvidos estão investindo consideravelmente em políticas de prevenção e tratamento de doenças genéticas e malformativas, incluindo programas de educação para a prevenção, aconselhamento genético, diagnóstico pré-natal, triagem neonatal e tratamento.

Nos países em desenvolvimento, que ainda lutam contra doenças infectocontagiosas preveníveis e contra problemas relacionados com desnutrição, a atenção das políticas de saúde para as doenças genéticas e malformativas tem sido escassa. Algumas tentativas de reproduzir as políticas empregadas em países desenvolvidos foram na sua maior parte não muito bem-sucedidas, mais pela natureza diversa dos problemas e das características próprias de cada população do que pelas estratégias adotadas.

Algumas experiências exitosas, das quais os principais exemplos foram as de Cuba (diagnóstico pré-natal), Nigéria (detecção e tratamento da Anemia Falciforme), Chipre (controle das Talassemias), Arábia Saudita (controle das Hemoglobinopatias) e África do Sul (Programas de Genética Comunitária), se basearam no desenvolvimento de uma abordagem apropriada às doenças e às populações em estudo.

O Rio Grande do Sul já ostenta indicadores de saúde em situação próxima a de países desenvolvidos, com impacto direto sobre a mortalidade infantil. E para progredir nessa área, deverá incluir nas suas políticas públicas propostas para o controle e a prevenção de doenças genéticas e malformações congênitas, sendo para tanto essencial um trabalho de investigação em nosso meio sobre o impacto e a abrangência do problema e sobre o acesso e a exposição da população às informações correspondentes.

Não devemos esquecer a Lei nº 11.038, de 14 de novembro de 1997, que dispõe sobre a parcela de arrecadação do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações pertencentes aos municípios. Em seu inciso VI, refere: “1% (um por cento) com base na relação percentual entre o inverso do coeficiente de mortalidade infantil de cada município e o somatório dos inversos dos coeficientes de mortalidade infantil de todos os municípios, medidos pela Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado, relativos ao ano civil a que se refere a apuração”.

O artigo 1º do decreto de 2003, em seu § II, considerará apenas a mortalidade infantil por causas evitáveis estabelecidas nos termos da Portaria nº 11.121, de 17 de junho de 2002, do Ministério da Saúde.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nutrição e Doenças Cardiovasculares

Que doenças cardiovasculares a nutrição pode prevenir?

As doenças cardiovasculares constituem a maior causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A nutrição através de uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental para a prevenção das doenças cardiovasculares, tais como doença arterial coronariana, hipertensão, aterosclerose, dislipidemias.

Por que controlar o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura produzida no fígado e associada com certas proteínas, as chamadas lipoproteínas. O resultado da associação com certas lipoproteínas forma diferentes tipos de colesterol: o HDL (lipoproteína de alta densidade), o bom colesterol, e o LDL (lipoproteína de baixa densidade), o mau colesterol, que são as mais importantes.
O LDL, quando em excesso no sangue, pode formar placas de gordura conhecidas como “ateroma”. Essa gordura se deposita nas paredes das artérias, provocando uma obstrução nas artérias – aterosclerose – responsável pelo infarto e pelo acidente vascular cerebral.

O HDL, o bom colesterol, ajuda a retirar o mau colesterol, evitando a obstrução das artérias, por isso é necessário sempre estar com as taxas de colesterol e suas frações dentro da normalidade.
O colesterol está presente em alguns alimentos, principalmente nos de origem animal.

Por que ácidos graxos, nutrientes e fibras fazem bem ao coração?

Os ácidos graxos (lipídios) desempenham um importante papel na nutrição. Eles são classificados em:

Ácidos graxos saturados, que provêm dos produtos de origem animal (carnes vermelhas, laticínios integrais e derivados, óleos de coco, cacau e palmeira);

Ácidos graxos poliinsaturados:
a. ácidos graxos ômega-3 (peixes gordos de águas frias, sementes e óleo de canola, sementes e óleo de linhaça);
b. ácidos graxos ômega-6 (óleos vegetais de milho, girassol, soja);
c. ácido alfa-linolênico, cujo alto teor é encontrado na semente de linhaça.

Ácidos graxos monoinsaturados (azeitonas, óleo de oliva, algodão, milho, canola).

A outra classe de ácido graxo é o trans, derivado da hidrogenação vegetal [margarina dura], encontrado em produtos de supermercados, como batata frita, biscoitos amanteigados, salgados, doces etc. Os ácidos graxos ômega-3, que têm ação benéfica na saúde cardiovascular por redução dos níveis de colesterol, exercem um papel importante em várias funções biológicas do organismo humano.

As fibras não são nutrientes, são uma fração dos alimentos (grãos integrais, grãos, vegetais e frutas), passam quase intactas pelo trato intestinal, são fermentadas no intestino grosso pela flora bacteriana e eliminadas pelas fezes.

Há dois tipos de fibras:
Solúveis em líquidos: formam um gel que se liga ao colesterol e aos ácidos biliares no intestino e os elimina do corpo. Alimentos ricos em fibras solúveis: leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico), vários farelos (aveia, arroz, cevada, granola), polpa de frutas (maçã, banana, laranja), hortaliças e legumes.

Insolúveis: não se dissolvem na água, absorvem água, incham e aceleram o trânsito intestinal, não são digeridas. Alimentos ricos em fibras insolúveis: farelos de cereais, grãos integrais, nozes, amendoim, amêndoa, frutas em geral e folhosos.

Dentre os benefícios das fibras, contribuem para a redução dos níveis de colesterol sanguíneo e aceleram a motilidade intestinal.

Que tipos de alimentos devem ser consumidos para se ter um coração saudável?

Uma alimentação saudável é composta de frutas, verduras, leguminosas, cereais integrais e de alimentos com baixo teor de gorduras, maior consumo de pescados, baixo consumo de açúcares e de sal.

Recomenda-se que se utilize as quantidades alimentares que compõem a pirâmide alimentar proposta no guia alimentar do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br).

Grupo 1: Cereais, pães, raízes e tubérculos: 6 porções ao dia
Grupo 2: Hortaliças e legumes: 3 porções ao dia
Grupo 3: Frutas: 3 porções ao dia
Grupo 4: Leite, queijos e iogurtes: 1 porção ao dia
Grupo 5: Carnes, pescados e ovos: 1 porção ao dia
Grupo 6: Leguminosas: 1 porção ao dia
Grupo 7: Óleos e gorduras: 1 porção ao dia
Grupo 8: Açúcares e doces: no máximo 1 porção ao dia

Escolher alimentos adequados é proporcionar a você e à sua família uma alimentação saudável.

Quais são os alimentos tidos como “prejudiciais” à saúde do coração?

Dentre os alimentos prejudiciais à saúde do coração, podemos citar: embutidos, carnes vermelhas gordas, laticínios e derivados, alimentos que contenham as gorduras trans, como biscoitos amanteigados, doces, batata frita em pacotes e fast-food, bolos prontos, bolachas cream-cracker, salgadinhos em pacotes.
As informações nutricionais estão nos rótulos alimentares. Leia-os com cuidado para saber o que está comendo.

Tosse

O que é a tosse?

A tosse é um sintoma decorrente de um grande número de doenças, e é uma das maiores causas de procura por atendimento médico. É importante lembrar que esse sintoma produz um impacto social negativo, uma vez que pode levar ao absenteísmo (faltas) ao trabalho e às atividades escolares, além de gerar custos com exames para o seu diagnóstico e tratamento.

Quais as causas?

Muitas podem ser as causas da tosse. Doenças das vias aéreas superiores como as rinites e sinusites podem causar tosse associada ou não a outros sintomas. Outras causas são o resfriado comum e a gripe. Além disso, uma série de doenças pulmonares pode causar tosse como a asma, que geralmente é acompanhada por sibilos (chiado no peito) e as doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC) como a bronquite e o efisema, geralmente associados ao hábito de fumar. As pneumonias que com freqüência são acompanhadas por febre, as alergias respiratórias e outras doenças de maior gravidade, como determinados tumores, também podem levar à tosse.

A tosse pode também ser decorrente de doenças extrapulmonares, ou seja, de doenças de outros órgãos que não o pulmão como, por exemplo, o refluxo gastroesofágico. A tosse pode ainda ser causada pelo uso de determinados medicamentos, como alguns utilizados para o tratamento da hipertensão arterial.

Quais são os tipos de tosse?

A tosse pode ser aguda, subaguda ou crônica.

A tosse aguda: é aquela que tem duração de até 3 semanas. As causas mais comuns são as doenças infecciosas causadas por vírus (resfriado comum, gripe, sinusites) ou por bactérias (sinusites, pneumonias). Pode também ser a exacerbação de doenças pré-existentes como a DPOC ou a asma ou ainda em decorrência da exposição a agentes irritantes das vias aéreas (pó, produtos químicos), especialmente em indivíduos alérgicos.

A tosse subaguda: tem duração superior a 3 semanas e inferior a 8 semanas. A causa mais comum é a tosse pós-infecciosa, ou seja, a tosse que persiste após um quadro de sinusite ou pneumonia, por exemplo.

A tosse crônica: tem duração superior a 8 semanas e as causas podem ser asma, DPOC, doença do refluxo gastroesofágico (acompanhada ou não de sintomas gástricos) e várias outras doenças que devem sempre ser investigadas. Importante salientar, que em nosso meio, a tuberculose é uma doença transmissível, curável, de grande incidência e que deve ser investigada, especialmente se acompanhada por outros sintomas como febre, emagrecimento ou suores noturnos.

Como a tosse age no organismo? A tosse pode provocar outras doenças?

A tosse ocorre através de um complexo mecanismo que envolve o sistema respiratório e o sistema nervoso central e funciona como um alerta para o organismo de que algo está agredindo as vias respiratórias.

Caso a tosse não passe o que deve ser feito?

Como dissemos, a tosse pode ter muitas causas, desde um resfriado comum até doenças potencialmente mais graves como tumores. Portanto, a causa da tosse deve ser necessariamente investigada.

Qual o tratamento?

Depende da causa da tosse. As doenças causadas por bactérias, como algumas sinusites e pneumonias são tratadas com antibióticos. Na asma, são utilizados medicamentos de acordo com a classificação da doença naquele momento (intermitente ou persistente, leve, moderada ou acentuada). Quando a causa for alérgica, além de medicamentos específicos, a exposição a essas substâncias tem que ser evitada. Enfim, o tratamento vai depender sempre da causa da tosse.

As receitas caseiras contra a tosse funcionam?

Não há evidências suficientes que justifiquem o uso dessas receitas caseiras como único tratamento da tosse. O adequado é definir qual a causa da tosse e a partir disso definir qual o melhor tratamento.

Elevar o nível da cabeça em relação ao corpo alivia a tosse, na hora de dormir?

No caso da doença do refluxo gastroesofágico, associado a outras medidas como dieta e medicamentos, sim.

É prejudicial para a criança, tomar xarope sempre que estiver com tosse?

Sim, no sentido de que alguns xaropes funcionam como sedativos da tosse, mas não atuam na causa. Assim, a tosse pode eventualmente diminuir com determinado xarope, mas este pode dificultar ou prorrogar o tratamento adequado, caso se a doença que está causando a tosse persistir.

Existem dicas para aliviar a tosse durante o dia e principalmente, durante a noite?

A principal dica é investigar a causa da tosse e tratá-la adequadamente. E isso deve ser feito sempre por um médico.

Diabetes

O que é a diabete?

É uma alteração do metabolismo da glicose, caracterizada por deficiência de insulina ou resistência à ação da insulina.

Quais são os tipos?

Diabetes tipo 1 - deficiência total de insulina.
Diabetes tipo 2 - deficiência parcial de insulina e resistência à ação do hormônio, o que impede a retirada da glicose do sangue e sua transferência para o interior das células.
Diabetes gestacional - aparece durante a gravidez e se normaliza após o parto.

Quais as causas?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, ou seja, o organismo produz anticorpos que destroem as células pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.

O diabetes tipo 2 resulta de uma interação entre predisposição genética e fatores ambientais, como, alimentação inadequada, falta de atividade física, obesidade, etc.

Quais os sintomas?

Sede excessiva, urina abundante, perda importante de peso, apesar de alimentação normal ou em excesso, fraqueza extrema, distúrbios visuais, câimbras, prurido vaginal, na mulher, e inflamação da glande, no homem (balanopostite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através do exame de sangue, chamado de Glicemia de Jejum (8 horas), acima de 126 mg/dL ou glicemia aleatória maior que 200 mg/dL. É necessário repetir o exame para confirmar a doença.

Que grupos de pessoas são atingidos pela doença?

O diabetes tipo 2 incide preferencialmente em pacientes obesos, sedentários, acima de 45 anos e que tenham antecedentes de diabetes na família.

Mulheres que desenvolvem diabetes gestacional também têm mais chance de desenvolver a doença posteriormente.

Qual o tratamento? Tem cura?

O tratamento vai desde medidas higiênico-dietéticas, medicações por via oral e medicações injetáveis.
Teoricamente a doença não tem cura, porém, quando ocorre perda importante de peso (ex: cirurgia bariátrica ), consegue-se a suspensão total dos medicamentos.

Existe prevenção ?

A prevenção se faz, principalmente, com atividade física regular e dieta saudável. Alguns remédios já mostraram benefício em retardar o aparecimento da doença e outros estão sendo testados.