sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cicatriz

Não há no mundo quem nunca caiu e teve um ferimento, por menor que seja. Ou por acidente qualquer teve alguma lesão no corpo. Normalmente a cicatriz fica um pouco feia e principalmente para as mulheres, gera um certo desconforto por mostrar "imperfeições". Enteda um pouco mais sobre esse companheiro do nosso corpo.

Cicatriz é o fechamento de uma lesão na derme provocada por um acidente ou cirurgia. Quando acontece a ruptura da derme, o colágeno vai sendo remodelado de maneira que a lesão seja fechada até que haja a regeneração das células no local ferido. A cicatriz é classificada e varia de acordo com a sutura cutânea do organismo. É classificada em:

Normotrófica: quando o local da lesão fica igual ao estado anterior à lesão;

Artrófica: quando ocorre a perda do tecido ou ocorre a sutura cutânea inadequada;

Hipertrófica: quando a organização do colágeno fica desarmonioso;

Brida cicatricial: quando são localizadas nas articulações limitando suas funções.

Existem tratamentos capazes de melhorar a aparência das cicatrizes que podem ser utilizados associados ou não. Entre eles:

Intradermoterapia: consiste em aplicar medicamentos para estimular a produção e a organização do colágeno no local cicatrizado;

Betaterapia: consiste em utilizar radiação ionizante na pele para diminuir a produção do colágeno. É usada após uma cirurgia ou após o acidente que gerará uma cicatriz.

Cirurgia: faz-se uma cirurgia específica para a retirada da cicatriz considerada anormal. Normalmente associa-se algum outro tipo de tratamento para que a nova cicatriz seja normal.

Outro fator que incomoda na cicatrização é a quelóide. A quelóide acontece quando há uma grande produção de colágeno no local lesionado. Isso ocorre devido a falta de inibidores do colágeno no local onde houve lesão. Para prevenir a quelóide é necessário o uso de malha elástica, placa de silicone ou gel/creme adequados para inibir a produção exagerada de colágeno.

Aminésia

A amnésia é um distúrbio de memória que faz com que o indivíduo perca tudo o que foi armazenado nos lobos frontais, temporais e parientais ao longo de sua vida. A perda de memória pode ser parcial, quando o indivíduo temporariamente permanece sem se recordar do seu passado; ou total, quando não mais se recorda e não mais existem possibilidades de haver recordação do passado.

A amnésia normalmente é provocada por algum tipo de doença neurológica degenerativa ou por problemas relacionados às partes do cérebro responsáveis pelo armazenamento de informações e vivências como o alcoolismo, drogas, acidentes onde a cabeça é afetada e outros. Esse distúrbio pode ser dividido a partir de sua causa como:

Amnésia Anterógrada: o indivíduo se lembra perfeitamente das ocorrências a longo prazo, porém não se recorda dos acontecimentos recentes. Normalmente ocorre por traumas cerebrais.

Amnésia Retrógrada, o indivíduo se recorda somente dos fatos ocorridos depois do trauma sofrido, esquecendo-se dos fatos passados.

Amnésia Global Transitória, o indivíduo dificilmente é diagnosticado, pois esse tipo de distúrbio possui características anterógradas e retrógradas, dificultando assim sua identificação. Acredita-se que pode ocorrer por causa de qualquer fato que diminui o fluxo sanguíneo no encéfalo como relações sexuais, banhos frios, estresse, esforço físico e mais. Quando detectada é facilmente tratada.

Amnésia Psicogênica, o indivíduo induzido por traumas psicológicos bloqueia algumas informações de sua memória sendo que esse bloqueio provoca o esquecimento que pode ser anterógrado ou retrógrado. Tal bloqueio ocorre quando as emoções de um indivíduo sofrem algum tipo de sensação muito forte ou quando a mente utiliza o bloqueio como mecanismo de defesa.

Existem vários outros tipos de distúrbio, porém esses são os mais conhecidos e/ou ocorridos. A amnésia é descoberta quando um especialista estuda a relação do indivíduo com traumas, doenças, álcool, drogas, medicamentos consumidos e outros que podem induzir o problema. Após detectar o distúrbio, o indivíduo deve utilizar alguns mecanismos que lhe auxilie a lidar com o problema. A reabilitação cognitiva é uma boa iniciativa.

domingo, 13 de setembro de 2009

Alopecia areata

A alopecia areata consiste na perda repentina de cabelos ou pelos em regiões específicas, em formato arredondado, sem deixar alteração na pele do local. Quando o mesmo processo ocasiona a perda total do cabelo do couro cabeludo, o fenômeno é chamado de “alopecia total”.

Atingindo ambos os sexos e diversas idades, esta queda é, geralmente, assintomática – mas queimação ou coceiras locais podem ocorrer. É mais frequente em jovens.

É uma doença benigna, mas capaz de provocar problemas de ordem psicológica, decorrentes de sentimentos de vulnerabilidade e baixa auto estima – tanto para o portador quanto para a sua família.

Geralmente o acometido por este tipo de calvície tem familiares com o mesmo problema e enfermidades de origem imunológica são associadas. Desta forma, acredita-se que os portadores possuem pré-disposição genética e que fatores específicos, relacionados à imunidade, desencadeiam em seu desenvolvimento.

O portador pode ter recuperação total, parcial ou simplesmente não tê-la. Quando ocorre, os pelos tendem a nascer finos e esbranquiçados, mas recuperam suas propriedades normais após certo tempo.

Para diagnóstico é feita a análise do local afetado e, em alguns casos, biópsias são necessárias. O tratamento, indicado por um médico dermatologista, consiste em injeções locais de cortisona ou aplicação de cremes com corticosteroides, solução de Minoxidil ou creme de antralina. Auxílio psicológico é recomendado, em razão das questões já expostas.

Uma questão relevante é sobre o uso de bonés: em face do esquentamento e abafamento da cabeça que estes causam, não são indicados, já que podem agravar ainda mais o caso.

Alergias

Alergias consistem em uma resposta exagerada do sistema imunológico a alguma alteração no ambiente, como clima, presença de poeira ou fumaça, medicamentos, cheiros fortes, picadas de insetos, estresse, ingestão de determinados alimentos, dentre outros. São o resultado de um excesso de produção (e atuação) da imunoglobulina E (IgE).

As alergias tendem a surgir na infância, mas qualquer pessoa, em qualquer idade, independente do sexo ou raça, pode desenvolvê-la: cerca de 30%. Indivíduos cujos pais possuem esse problema de saúde têm quatro vezes mais chances!

Asma, sinusite, rinite, faringite e tosses alérgicas são alguns tipos de alergia respiratória. Espirro, tosse, falta de ar, coriza ou entupimento e coceira no nariz - algumas vezes, não só nesta região, são alguns sintomas característicos deste tipo de alergia (e bastante parecidos com os de uma gripe ou resfriado). Em ambientes domésticos, os ácaros são os principais causadores dessas reações.

Há também as alergias cutâneas, como a urticária e dermatite de contato. Manchas, coceiras e outros tipos de manifestações na pele são algumas das manifestações.

Indivíduos podem ter por toda a vida apenas um tipo de alergia, podem manifestar mais alergias cutâneas em uma época e alergias respiratórias em outra; ou até mesmo ter momentos sem nenhuma delas!

Essa reação anormal do organismo, além do incômodo que causa, pode oferecer risco de vida ao portador, em caso de choque anafilático. Dificuldades de respiração e perda de consciência podem fazer com que isto ocorra, caso não seja tratado de forma imediata.

Diante disso, o alérgico deve evitar o contato com o agente desencadeante. Alimentos como leite, ovo, trigo, milho, soja, amendoim, castanha e frutos do mar, por exemplo, são os campeões entre os causadores de alergia alimentar.

É essencial buscar auxílio médico para investigar as causas das alergias e adotar medidas necessárias que garantam o bem-estar. Vale lembrar que o tratamento visa o controle dos sintomas já que, infelizmente, até hoje não se descobriu como curá-la de forma definitiva.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Raiva

A raiva é uma doença infecciosa viral que afeta, unicamente, animais mamíferos. Ela envolve o sistema nervoso central, levando a óbito em pouco tempo, caso o paciente não tome as providências necessárias logo após a exposição.

O responsável por esta zoonose é um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, presente na saliva do animal doente. Este, ao morder ou lamber mucosas ou regiões feridas, pode transmitir a raiva a outro indivíduo – inclusive humano.

No caso da raiva humana, os cães são o principal reservatório da doença. Entretanto, raposas, morcegos, lobos, antílopes, gambás, furões, dentre outros são, também, responsáveis. A única forma de transmissão conhecida, de um Homo sapiens sapiens para outro, ocorre via transplante de córnea.

Após o contato com seu novo hospedeiro, o vírus se multiplica e penetra no sistema nervoso, afetando cérebro, medula e cerebelo. O período de incubação varia de um mês a dois anos após a exposição.

Os primeiros sintomas são menos específicos: mal estar, febre e dores de cabeça. Após estas manifestações, ansiedade, agitação, agressividade, confusão mental, paralisia, convulsões, espasmos musculares e dor ao deglutir. Em um prazo de aproximadamente dez dias, o indivíduo entra em coma e falece.

A prevenção se dá, principalmente, pela vacinação anual de cães, gatos e animais de pasto. Métodos envolvendo o controle populacional de animais errantes e de morcegos e o uso da vacina preventiva em pessoas suscetíveis (biólogos, veterinários, camponeses) são outras formas de se evitar esta doença.

Como só se conhece dois casos de pacientes com quadro confirmado de raiva que conseguiram sobreviver, é imprescindível que, após um caso de contato suspeito, o indivíduo lave, apenas com água e sabão, a região que entrou em contato com o animal e procure assistência médica imediatamente, a fim de começar a receber as doses da vacina ou imunoglobulina humana anti-rábica. É importante que não se interrompa o tratamento.

Sobre estes casos de cura, o primeiro conhecido em nosso país é o de um garoto de Pernambuco, contaminado após a mordedura de um morcego. Ele foi curado após cinco meses de UTI, com a administração de antivirais e sedativos.

Hepatite B

A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo HBV, um vírus DNA da família Hepdnaviridae, resultando na inflamação das células hepáticas do portador. É transmitida pelo contato com sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus. Assim, transfusões de sangue, relações sexuais sem camisinha e compartilhamento de agulhas, seringas e objetos perfurocortantes são as principais formas de contaminação. Mães portadoras podem contaminar seus filhos durante a gestação, parto e, em casos muito raros, amamentação.

O período de incubação varia entre 30 e 180 dias, sendo mal-estar, dores no corpo, e falta de apetite e febre os primeiros sintomas; que são seguidos por icterícia (pele amarelada), coceira no corpo, urina escura e fezes claras.

Na maioria dos casos (99%), tais manifestações cessam em aproximadamente seis semanas, ficando o paciente imune a este vírus. Entretanto, alguns indivíduos desenvolvem a hepatite B crônica, sendo observada maior incidência entre aqueles que ingerem bebidas alcoólicas, crianças, bebês e imunocomprometidos. Existindo aproximadamente 350 milhões de pessoas acometidas, esta pode desencadear, em longo prazo, cirrose, câncer de fígado ou mesmo morte.

O diagnóstico é feito por meio de entrevista e análise de amostras sanguíneas, a fim de verificar as partículas virais e/ou anticorpos. Para avaliar o comprometimento do fígado, pode ser necessária a biópsia deste material, podendo ser levantada a necessidade de transplante hepático.

O tratamento é feito somente para driblar os sintomas e complicações da doença, sendo expressamente proibida a ingestão de álcool ou uso de fármacos sem prescrição médica. No caso da hepatite crônica, é necessário o tratamento correto para evitar a evolução da doença, sendo imprescindível que seja acompanhado por um profissional competente. A duração pode se estender por mais de doze meses, dependendo da gravidade do caso.

Considerando as formas de transmissão anteriormente citadas, evitar tais situações são necessárias. Além disso, bebês devem ser vacinados já no primeiro mês de vida; pessoas que se expuseram a situação de risco precisam receber dosagens de gamaglobulina hiperimune (anticorpo específico contra a hepatite B), para evitar a contaminação ou diminuir seus sintomas; profissionais de saúde não podem abrir mão do uso de equipamentos de proteção individual ao entrarem em contato com sangue ou fluidos corporais; e recém-nascidos de mães portadoras necessitam receber, de imediato, gamaglobulina e vacina.

Catapora

A catapora é uma doença altamente contagiosa ocasionada pelo vírus varicela zoster.

A catapora atinge pessoas de todas as raças e gêneros. É uma doença da infância, que acomete crianças antes dos dez anos de idade.

Adquirindo o vírus uma vez, a pessoa fica imune por toda a vida.

A catapora é transmitida pela respiração, em um ambiente contaminado por gotículas eliminadas pela tosse; espirros de uma pessoa infectada ou em contato com feridas abertas.

As manchas vermelhas na pele são os primeiros sinais de catapora. Geralmente, as mesmas aparecem primeiramente na cabeça, face e nas costas, no entanto também podem aparecer em qualquer parte do corpo. Febre, cansaço, mal-estar e dor de cabeça são os sintomas da doença.

Podem ocorrer, em algumas crianças, pequenas lesões na boca, nas pálpebras e em volta da virilha.

O período de contágio ocorre desde o momento em que as manchas dão lugar às bolhas, que se rompem quando coçadas, formando crostas.

Como não há tratamento específico para a catapora, é recomendável adotar algumas medidas que amenizem os sintomas, como evitar a contaminação das lesões por bactérias, por exemplo.

A vacinação é recomendada para crianças a partir de 1 ano de idade.